E então desapareceu!
Delicadeza,
Sensibilidade,
Melancolia...
Imposição voraz
Da dura realidade
De concretos torpes
E inflados sifrões.
Entre vultos
E viagens,
Vaguei vigilante
Pelo vazio sem fim...
Um seca voraz
Estampava a paisagem
Árida e fugaz
Do profundo interior.
Nem as brisas
Nem as brumas
Acalentaram os silenciosos
Gritos de socorro...
No jazigo discreto,
O neon de desespero
Anunciava, temente,
Um inverno prolongado.
E as vísceras, obedientes,
Teciam vagarosamente
Um confortável caixão
Para as lascividades.
Num banquete farto
De monotonia,
Festividades intermináveis
Fizeram morada.
O suspiro final
Se confundia
Com os irregulares
Movimentos de inspiração.
E no soar das trombetas
Se ouviu ao longe
Uma suave melodia:
Seria a marcha fúnebre?
Entre partilhas,
Lembranças,
Saudades e amores:
Um despertar!
De olhos semicerrados
E ainda zonzo e confuso,
O coma pede renúncia
Ante o reinado da re(e)sistência.
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