Seca,
Devastadora de cursos d'água
Que faz minguantes
As noites de lua cheia.
Cheia,
Inundando sonhos
E botando por terra
Frutos de vid'inteira.
O tropeiro
Da seca se faz seco
Sem riso no rosto,
Sem eira nem beira.
O ribeirinho
Da chuva transborda em lágrimas
Desolado,
Desabrigado.
Seca e cheia
Na desgraça se encontram
Vazias de razão,
Cobertas de porquês.