Escrever sempre foi um passatempo muito valioso, e nos rascunhos espalhados por aí reside um pouco de mim, quem quiser, delicie-se.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
(In)Definição
Amor
De substantivo abstrato a sentimento concreto
De corrosivo a energético
De incoerente a conclusivo
Ah, o amor
Que edifica destruindo
Acalma esbravejando
Ampara em queda livre
Definitivamente amor
Sedutor
Instintivo
Avassalador
Finalmente amor
Realizador de sonhos
Emancipador de existências
Acolhedor incansável de almas
Decadência
A sensatez bate a porta
Mas a insanidade já faz morada
Doces dias de solidão
Cuja melancolia bastava
Dos porões da realidade
Aos confins dos desejos
Outrora camuflados
Em tumbas exumadas
O vento já enfraquece
A resiliente folha pendurada
E mais do que breve
O frio outonal reinará
Sucumbem convicções
Em campos de interrogações
Os fins não mais são capazes
De justificar os meios vis
Calo-me em meio a lágrimas
Busco sentido nas nuvens
O chão deixa de ser o limite
Da não mais sutil imaginação
Me perco no horizonte
Pra talvez me encontrar adiante
Um pântano de sentimentos
Uma areia movediça de mim
Hei de aquiescer
Quiçá crescer
E na brisa derradeira
Irá uma flor nascer?
Suposição n.1
E se de repente
Ela viesse me visitar
Com seu manto majestoso
num fim de tarde?
Seria cauteloso com os preparativos:
Decoraria a sala de estar
Vestiria meu smoking preferido
Escreveria versos sentimentais
Apreciaria os noturnos de Chopin
Me emocionaria com as aventuras de Amelie
Degustaria um confit de canard
Acompanhado de um tradicional Lafite
Me deliciaria com a chuva
O ruído tranquilizante na janela
O cheiro suave de terra molhada
O acariciar de seus pingos sobre a pele
Me aqueceria na lareira
vislumbrando entre as fagulhas
Um longa metragem de emoções
E desventuras baseado em fatos reais
Me despiria de todos infortúnios
Iria para cama nu em pelo A espera daquela que me faria Encontrar a outra face da felicidade De olhos cerrados Sentiria o roçar de seu manto retirado As carícias dos seu longos e gélidos dedos O prazer da união de dois corpos sedentos E num rompante de prazer Sentiria o calor de meu corpo Se esvaindo pelo órgão fálico em um longo e último suspiro Já tendo a cama como jazigo Seria o mais vivo dos seres Em alguma dimensão que nem Os sagazes poetas ousam descrever
Iria para cama nu em pelo A espera daquela que me faria Encontrar a outra face da felicidade De olhos cerrados Sentiria o roçar de seu manto retirado As carícias dos seu longos e gélidos dedos O prazer da união de dois corpos sedentos E num rompante de prazer Sentiria o calor de meu corpo Se esvaindo pelo órgão fálico em um longo e último suspiro Já tendo a cama como jazigo Seria o mais vivo dos seres Em alguma dimensão que nem Os sagazes poetas ousam descrever
Ao êxtase
Sussurros ao entardecer
Prenunciam apocalípticas implosões
De vorazes, ardilosas
e pretensiosas sensações.
Quimeras colossais
Apoderam-se de almas banidas
De seus excrementais
Paraísos artificiais.
Sob a cólera dos deuses inventados,
Desnudam-se os fiéis incrédulos,
Inflados de fantasias
E pecaminosos condimentos.
A tsunami em forma fálica
confere tesão a uma noite
Plenamente regada
De proibidos prazeres.
Silêncio...
Ofegação...
Gemidos...
Gritos!
Miscelânea de sentidos
Reunidos em uma tênue fronteira!
Ápice de prazer resenhado
Em jatos propulsores de plena satisfação...
Carícias..
Olhares...
Silêncio.
O cruel coração universal
Ritmado em infinitos tic-tacs
Teletransporta-nos vagarosamente
À fiel e incômoda realidade.
Insossa.
Dura.
Branca.
Eis que em instantes fugazes,
Vis lembranças banham a mente
De ardilosas recordações.
O desejo temporariamente aterrado
Recomeça a brotar
E vigorosos caules atiçam
A sobre humana vontade de ser humano.
Um minuto.
Um contato.
Um até mais.
Por que prender-me ao calabouço
Se posso esbaldar-me à beira do cais?
Prenunciam apocalípticas implosões
De vorazes, ardilosas
e pretensiosas sensações.
Quimeras colossais
Apoderam-se de almas banidas
De seus excrementais
Paraísos artificiais.
Sob a cólera dos deuses inventados,
Desnudam-se os fiéis incrédulos,
Inflados de fantasias
E pecaminosos condimentos.
A tsunami em forma fálica
confere tesão a uma noite
Plenamente regada
De proibidos prazeres.
Silêncio...
Ofegação...
Gemidos...
Gritos!
Miscelânea de sentidos
Reunidos em uma tênue fronteira!
Ápice de prazer resenhado
Em jatos propulsores de plena satisfação...
Carícias..
Olhares...
Silêncio.
O cruel coração universal
Ritmado em infinitos tic-tacs
Teletransporta-nos vagarosamente
À fiel e incômoda realidade.
Insossa.
Dura.
Branca.
Eis que em instantes fugazes,
Vis lembranças banham a mente
De ardilosas recordações.
O desejo temporariamente aterrado
Recomeça a brotar
E vigorosos caules atiçam
A sobre humana vontade de ser humano.
Um minuto.
Um contato.
Um até mais.
Por que prender-me ao calabouço
Se posso esbaldar-me à beira do cais?
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