quarta-feira, 18 de junho de 2014

Esvaindo

Luz lânguida, sôfrega e esparsa,
de sutis e débeis raios, que
paira inconstante no vão das árvores
e se desfaz fria no vazio do solo.

- Quando foi que abandonaste sua maestria? -

Outrora iluminava minha pueril face
e a fazia brilhar estonteante!
Destilava uma vivacidade ímpar,
repleta de inocência e sagacidade.

-Envelheceste com a mesma velocidade de meus cabelos brancos?-

Não eres mais a mesma. Nem tu, nem eu.
Mas ainda que tenhamos metamorfoseado,
curiosas sintonias ainda nos perseguem:
Assim como eu, tu também oscilas.

-Algum de nós carrega a chama na pesada tocha da culpa?-

Inconstantes percalços. Turbulências.
Advindas das formosas nuvens que pairam
retumbantes sob o céu, colorindo-o
de um vivo e esplendoroso rosa ao entardecer.

-Seria demais exagero o recorrente erro de cobiçar a beleza alheia?-

Não peço nem penso mais nada. Apenas espero.
Espero que voltes a cintilar com toda sua força,
pois assim como ti, eu pretendo ir nessa vertente:
O cobiçado regozijar. O eterno resplandecer!


-Mas até quando permanecerei nessa poltrona de sofrimentos e desilusões?-


2 comentários:

  1. Kaks, sou eu, Pri. To numa pífia tentativa de voltar a escrever, pra ver se ganho a habilidade de escrever bem através da prática. rs
    Quando der, leia lá e avalie/critique =)
    To seguindo seu blog, apesar de não saber bem ainda como isso funciona... :p
    bjos
    ps: gosto mto de como vc escreve!

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