quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Soneto 241

Criatura em parto
De infecundo óvulo,
Beijando turbelários
Lábios putrescentes

Criador infante,
No pique esconde
Das asquerosas
Entrelinhas infernais

Quimera maldita,
Enxotada da razão
Outrora perdida.

Imposições macabras,
Objeções negadas,
Perpetuações nefastas...

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Quanto

Enquanto as melodias sussurravam versos de amor em meus ouvidos, ensurdeci
Enquanto os meus olhos vislumbravam as eternas paixões platônicas, emudeci
Enquanto os encontros brilhavam feito vagalumes em minha janela, desapareci
Quando me fiz presente, atento aos ventos  e em plenos pulmões pra viver, envelheci.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Alcunha global

Não ia ter crise. Teve!
Não ia ter Copa. Teve!
Não ia ter golpe. Teve!
Ia ter fim do mundo. Não teve...

Ai a treva se espalhou
Mesmo entre polvos e lulas
Diga-me de uma vez por todas:
Temer ou não temer?