terça-feira, 27 de julho de 2010

Carta ao amor

Belo Horizonte, 18 de outubro de 2009

2007, pra muitos só mais um ano que se foi, para mim, um ano que nunca passou. Foram apenas três meses que ficamos juntos, mas uma eternidade de emoções tomou conta do meu ser! Ainda me lembro do doce sabor de seus lábios, da pureza do seu olhar cor de mel, da delicadeza de suas frágeis mãos, e, mais do que tudo, do afeto depositado nas suas carícias... Queria tanto que você estivesse ao meu lado agora, deitada no meu colo, sob a sombra do ipê roxo, outrora florido, que você tanto admirava. Aqui passamos nossos melhores momentos. Aqui nos tornamos um só. Aqui voltamos a ser dois... Nenhuma briga, nenhuma desavança, somente um simples adeus sem mais explicações. A falta de reação do momento se transformou em um mar de sentimentos que só fazia aumentar com as lágrimas derramadas pela dor de sua perda. Você se manteve por perto, mas a curta distância combinada com frieza e indiferença só aumentou ainda mais meu silencioso sofrimento. Silencioso, fruto de um orgulho egoísta que me mantinha "forte" e distante, mas sofrimento, fruto de um sentimento que eu jamais sentira antes e creio que jamais sentirei novamente, um sentimento cujos românticos chamam de amor. Me calei e escondi minha dor, mas minhas forças se esgotaram e eu sucumbi! Só consigo pensar em você, sua presença se faz constante nos meus sonhos e até alucinações já me perseguem. Não sei se é coragem ou covardia, mas a única saída que vejo no momento é implorar por pelo menos mais um dia ao seu lado. É tudo que preciso para expulsar esse vazio que já me corrói por tanto tempo. Espero ansiosamente sua resposta. Se vier, serei eternamente grato, se não, serei para sempre um prisioneiro desse doloroso sentimento.




C. Dirgel

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