sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Flor de Ahá

Trem percorre veloz
o belo horizonte de vales
Que desperta novo desejo
De velejar por outros mares

Distâncias quilométricas
Encurtadas sapientemente
Por inabaláveis laços
De miscelâneas sentimentais

Na bagagem trago um Sol
Pra guiar as aventuras
De dois seres que se encontram              
Em multiplicidades de emoções        

Tomado por sorrisos bobos
Sobrevôo a grande ilha
Mergulhado em lembranças
E respirando expectativas

Eis que um frio na barriga
Anuncia o grande momento    
Em marcha tu vens ao longe  
Munido do mais cativo afeto                                                                          
Brumas nebulosas transbordam
Fragilidades transparecem
Chagas de jovens guris
Confusos com a incômoda realidade

Na batalha que se sucede
A tequila aniquila o cansaço      
Embalados por velhas canções
Sentem a doce vida reavivar

Entre fantasias e imaginações  
O mundo contorce e distorce
Em dimensões ocultas de felicidade
Comportando possibilidades impossíveis

Então o Sol brilha mais forte  
Iluminando cenários paradisíacos
Queimando as velhas mágoas
Anunciando as rotas a seguir

No mais alto cume de sintonia
O mundo inteiro se desfaz
As horas voam sobre a flor
Olhares, palavras, gestos: nada mais!

Já em beiras de perfeição
O cruel final se aproxima
Com turbilhão de sensações
Salpicado de bela melancolia  

Sinto então a dor do parto
Em meio a uma declamação
Nuvens condensam em meus olhos
Lágrimas se derramam ao chão

A tempestade se dissipa
Em meio a abraços e carinhos  
A serenidade tão esperada
Faz o meu corpo de ninho.

Mais uma vez um adeus,
Até logo ou até breve
Mala pesada de experiências
Alma grata, feliz e leve!

Quando o tuor enfim termina
Sobram rimas, prosas e versos
E acima de tudo você
Pedacin do meu universo!


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