terça-feira, 20 de julho de 2010

A Busca


Frio, silêncio, escuridão
Tento sair um pouco
Alguma coisa me falta
Será que perdi lá fora?

Vejo pétalas voando
Um espetáculo da natureza
Algo me intriga
Teriam elas rumo?

Envolto na multidão
As vozes se misturam em uníssono]
Pessoas passam e não me veem]
Estariam elas cegas?

Encontro seu olhar caliente
Na cama o gozo me satisfaz
Deitado ao luar me pergunto
Por que prazeres passageiros?

Perguntas me invadem
Esbarram no vácuo
Se multiplicam
Me confundem
Me calam

Uma lágrima começa a nascer
Desce pelas marcas que o tempo deixou
Seria uma tentativa de fuga?
Talvez, mas não há esconderijo...

A lágrima se vai
E eu volto para a casa

O frio me paralisa
E por mais calientes que sejam os olhares
Eles não me aquecerão

O silêncio me cala
E por mais altas que sejam as vozes
Elas não falarão por mim

A escuridão me desorienta
E por mais que as pétalas tentem dar a direção
Elas não me iluminarão

Estaria a solução
Trancada no baú do porão?

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